9.7.09

A cura de Schopenhauer.



O Livro conta história de Julius, psiquiatra orientador de um grupo de terapia, que descobre ter somente um ano de vida saudável por portar um melanoma, espécie de câncer de pele. Ao se abalar com a notícia faz uma retrospectiva de sua vida e relembra um antigo paciente cujo tratamento terapêutico, em partes não obteve muito sucesso. Julius, portanto o reencontra e descobre que seu antigo paciente conseguiu a ajuda qual precisava(a cura para sua compulsão sexual) através da filosofia Schopenhauer. O antigo paciente Philip também tinha se tornado terapeuta e promete contar a Julius como Schopenhauer o curou. Em troca, desejava obter carga horária de terapia para que pudesse exercer a profissão. Portanto, Julius o insere no grupo qual orienta, e a partir de então a história se desenrola.

O enredo é um confronto entre a filosofia Schopenhauer, que defende a tese de que viver é sofrer e que a busca pelo isolamento seria a forma mais adequada de alívio, com o estilo empregado em grupos de terapia, que busca uma melhor convivência social. A vida e parte de obras de Schopenhauer ilustra e também é utilizada como pano de fundo para sessões do grupo de Julius. É evidente, que a chegada do novo colega de grupo causa um certo frisson, mas é com a volta de Pam, componente que foi até a Índia a fim de fazer um retiro espiritual, que o grupo se completa e as divergências entre personagens se afloram.

O Autor Irvin D. Yalom, o mesmo que escreveu Quando Nietzsche chorou, levanta questões sobrre a relação interpessoal entre psicanalistas e paciêntes. Ele também compara a filosofía atribuída por Schopenhauer com filosofías e religiões orientais.

O lívro é daquele tipo que dá pena de terminar de ler, pois você já sente saudade prévia dos personagens. Ele também te mostra o conflito entre a vontade de viver isoladamente e de se relacionar em grupo. Ensina muito sobre o Budismo e psicanálise. Não é precisamente considerado como auto-ajuda, por mais que a indetificação com os personagens seja inevitável. O autor nos insere numa leitura crítica a respeito das diversas formas que o homem busca a felicidade, seja ao se isolar , ou a se relacionar com os demais. O autor tenta despertar a busca pelo equilíbrio entre estas duas vontades. Utiliza uma linguagem clara, e por vezes explicativa, sem muito devaneio. É aconselhável a todos que se interessam por questões despertadas pela psicanálise e filosofia.


2 comentários:

  1. depois tu reclama quando eu digo que a cultice é a tua cara!me deu vontadão de ler esse livro, pelo menos do quando nietzche chorou, eu ameei!

    beijooos

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  2. Nelsinhooo! Eu li "Quando Nietzsce chorou" início do ano; quase eu morro, foi uma das peças-chave pra mudar o meu jeito de pensar. Um dia a Lu me ligou e a gente ficou conversando umas duas horas sobre esses dois livros, sério! Ela, que já leu os dois, me disse que gostou mais d"A cura...". Ela me emprestou, e está aqui em casa. Só tô acabando de ler um outro livro pra começar, pra me jogar de cabeça n"A cura" Tô até com um pouco de medo, confesso. Mas também tô torcendo pra retumbar tão forte quanto "Quando...", acho que tô precisando!

    Beijos.

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